quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Subjetividade de plástico


Nosso ano começa com uma história triste. Uma mulher de meia idade, 35 anos, descontente com com as disposições de seu corpo decide enfrentar uma cirurgia plástica para recuperar alguns atributos que outrora possuiu. Chegou a esta opinião após ponderar sobre os dois caminhos que possuia: o primeiro era ser reconhecidade pela capacidade intelectual que possuia, pelo seu empenho enquanto pessoa disposta a deixar algum vestigio sobre a terra após a sua morte, portanto que não necessitava de nenhuma cirurgia plástica. O segundo caminho era ser adimirada por atibutos físicos, mesmo que não tivesse nada a acrescentar enquanto ser humano. Nos dois casos estava ciente da posição atual que exige muitas vezes apenas uma imagem que seja convincente, independente de seu conteúdo ou significado social. Ela então, procurou um clinica especializada e ficou vislumbrada pela projeção que o médico lhe ofereceu através de um programa computacional. O único problema era que teria que vender o seu carro para pagar o valor da cirurgia que era de R$ 18,000,00. Consolava-se com a ilusão de recuperar o vig0r físico e intelectual que possuia aos 20 anos e acertou o data da sua operação. Após esta decisão enfrentou vários problemas pós operatórios e faleceu duas semanas depois da cirurgia. Será que o nosso tempo produz vítimas ou estas são escolhas conscientes que assumem os riscos de seus atos juntamente com os profissionais médicos que encontram verdade nesse tipo de procedimento?